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O tempo certo: porque deves construir a tua marca ao teu ritmo?

Vivemos num mundo acelerado. Tudo acontece a uma velocidade que, muitas vezes, nos é difícil de acompanhar e, sem darmos conta, começamos a sentir que estamos a falhar, só porque não estamos a andar a esse mesmo ritmo.

Mas será que há um só ritmo que serve (ou devia servir) a todos? Eu acredito que não e é sobre isso que te quero falar neste artigo.

Regresso a 2011, quando tudo começou. Há 10 anos dava os primeiros passos na fotografia, no mundo dos blogs e da gestão de redes sociais. Na mesma altura, estava mais ou menos a meio do meu curso. Não tinha dúvidas de que seria esse curso que me levaria à minha vida profissional de sonho. Queria mesmo ser farmacêutica.

Mas nem sempre as coisas são tão lineares quanto perspectivamos (e gostaríamos). Então, 2 anos depois de a fotografia ter entrado na minha vida, comecei a não conseguir abafar as dúvidas que moravam em mim. Quase num desabar de convicções, perguntava-me para onde tinham ido todas as minhas certezas…

Entretanto, o curso chegou ao fim e comecei a trabalhar na minha área de formação.

Mas, nessa altura, já levava uma vida dupla desde os tempos de faculdade, tentando sempre conciliar as duas coisas. Foi um processo lento e muitas vezes difícil.

Lento, porque eu queria resultados rápidos, queria ver as coisas acontecer. Difícil, porque eu achava sempre que demorava muito mais do que os outros a chegar ao mesmo patamar. Parecia que tinha sempre mais barreiras a contornar:

  • Precisava de manter o meu trabalho na farmácia para pagar as minhas contas e conseguir ter o estilo de vida que me fazia sentido;
  • Precisava de juntar algum dinheiro;
  • A fotografia não me dava os rendimentos suficientes para simplesmente largar tudo;
  • O investimento no material e tudo o que era necessário era alto e acabava por investir grande parte do que ganhava com os trabalhos que ia fazendo.

Foi assim durante algum tempo e o meu caminho foi-se fazendo.

Confesso que percorri este caminho muitas vezes contrariada com esta vida dupla. Só queria ter uma vida “normal”, pensava eu. Um só trabalho, chegar a casa e poder desligar.

Sabes, eu até podia ter só um trabalho, mas a única opção a tomar para que isso acontecesse não me preenchia.

Eu nunca seria feliz sem viver o meu lado criativo.

Se voltasse atrás e me pudesse aconchegar nas inúmeras noites de insónia por me sentir tão contrariada, diria a mim mesma para aceitar que aquele era o meu caminho, com a velocidade certa para chegar ao meu propósito.

Diria a mim mesma que comparar-me não iria resolver nada. Nem sequer ia tornar o caminho mais rápido.

Hoje sei que não faz sentido compararmo-nos, porque todos temos realidades e circunstâncias diferentes, mas naquela altura ainda não conseguia ver isso.

E, admito, tive muitas vezes o foco no lugar errado, o que sei que pode ter atrapalhado a fluidez do meu caminho. Aprendi isto (e tantas outras coisas) mais tarde, quando consegui ter o distanciamento necessário para analisar a minha própria situação.

Não sei se tu já te apercebeste disto, mas quando descobrimos uma nova paixão na nossa vida e começamos a construir um negócio próprio a partir dessa paixão, isso não implica que tenhamos que nos despedir imediatamente do nosso emprego atual, só porque queremos fazer acontecer tudo já!

Nem toda a gente deixa o seu emprego para ter um negócio próprio. Há quem goste do seu emprego e possa até encontrar uma forma de conciliar as duas situações. Para isto, aceitar o nosso ritmo e definir objetivos e metas concretas que permitam isso mesmo é fundamental.

Mas também há quem queira deixar o emprego que tem, não sei se é este o teu caso. Se for, também aqui é importante que definas um plano com objetivos e metas realistas. Entrares num loop de frustração e ansiedade anula por completo a magia da jornada e a celebração de cada pequena conquista.

Seja qual for a tua situação, todos temos o nosso caminho. Temos os nossos momentos de introspeção e criação. Não é porque, à tua volta, toda a gente lança mil projetos e parece estar num mood infinito de energia que tu tens de fazer o mesmo se não te fizer sentido no momento.

Precisas, antes de mais, de ser honesta contigo sobre o que realmente queres. Porque mesmo essas pessoas que estão num pico de energia, também elas tiveram o seu próprio caminho e os seus momentos de reflexão.

O palco de alguém não reflete a sua realidade. Reflete apenas o que essa pessoa escolhe mostrar. Lembrarmo-nos disto traz-nos para a realidade e tira muito do peso que possamos sentir.

Segue o flow do teu caminho e tenta aceitar cada fase, sabendo que escolhes sempre ouvir a tua intuição. O teu momento de palco acontecerá no tempo certo, mas se agora estás num momento de recolhimento, a procurar inspiração ou a atravessar uma mudança, aceita que assim é. Todos os momentos são essenciais para evoluíres enquanto pessoa e no teu negócio.

Vai ao teu ritmo. A história da tua marca constrói-se todos os dias.

Agora que já conheces um pouco mais do meu percurso, conta-me, em que momento te encontras?

Eu, neste momento, estou a procurar inspiração e a atravessar uma mudança. E está tudo bem com isso. De momento e sendo super sincera comigo, não me sinto no mood para mais.

Espero que tenhas gostado desta partilha e que te tenha ajudado de alguma forma. Se quiseres partilhar comigo o teu ponto de vista sobre este tema e a situação atual do teu negócio, deixa-me o teu comentário ou envia-me um email. Vou adorar saber mais sobre ti e sobre a tua marca.

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